Para a maioria daqueles que tem animais de estimação em casa, eles passam a ser verdadeiros membros da família e, com isso, surgem as preocupações com seu bem-estar e saúde.

Pensando nisso, e nesse mercado em crescimento, visto que o mercado pet faturou cerca de R$ 51,7 bilhões no ano de 2021 e com um crescimento de 27% no ano passado[1], as seguradoras passaram a oferecer serviços similares aos seguros saúde que oferecem coberturas para os gastos veterinários, exames, vacinas, entre outras necessidades do animalzinho[2].

O seguro pet teve uma alta de 16%, segundo dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados), tendo as seguradoras acumulado um arrecadamento com prêmios de R$ 12,7 milhões em 2019 e R$ 14,8 milhões em 2020, sendo que, em 2021, os números continuaram crescendo e a quantia chegou a R$ 3 milhões só entre os meses de janeiro a março, superando o registrado nos mesmos meses em 2020[3].

As despesas com petshop, além dos gastos com ração e banho/tosa, incluem remédios e vacinas, despesas em caso de cirurgias ou emergências, que não são baratas e podem comprometer significativamente a verba familiar. O seguro pet surge, então, como uma solução para essas situações de necessidade de atendimento veterinário e imprevistos, já que podem cobrir despesas com exames, cirurgias e vacinas, tudo a depender do que for contratado.

Na hora da contratação, imprescindível atenção nos diversos produtos e coberturas postos à disposição, como é o caso de consultas veterinárias, exames emergenciais, check-up, internação, vacinação, atendimento domiciliar, emergência, odontologia, castração, hospedagem, fisioterapia, microchipagem, funeral/cremação, roubo ou furto, entre outras, levando em consideração aquelas que são consideradas básicas ou opcionais, cobertura nacional ou regional, limite de faixa etária, período de carência, além da questão da rede credenciada ou possibilidade de reembolso, ou mesmo possibilidade de coparticipação[4].

Outro ponto a ser observado é que o seguro pet pode ser tanto contratado separadamente (seguro próprio), como uma cobertura adicional de algum outro produto (assistência), como é o caso do seguro de vida e residencial, nessa última hipótese pode ser incluída até mesmo cobertura para danos causados pelo animal a terceiros[5].

Quanto ao serviço de assistência e sua utilização no mercado brasileiro, o Banco do Brasil notou um crescimento de uso de 190% em 2021 em relação ao ano anterior, sendo que os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro foram os que mais acionaram esse serviço de assistência disponibilizado pelo Brasilseg[6].

Em paralelo, de olho nesse mercado potencial, tendo em conta que o Brasil é o terceiro maior país em população total de animais de estimação e o mercado pet representa 0,36% do PIB, fez com que, tanto as seguradoras como as pettechs (startups voltadas ao segmento pet), começassem a buscar soluções tecnológicas não só para a questão de oferecimento de coberturas e melhora da saúde dos pets, como também para diminuir acionamentos e evitar fraudes, é o caso do fitness trackers, clínicas veterinárias digitais e tecnologia de reconhecimento facial[7].

Nós, da Carvalho Nishida, mais do que atenção ao disposto expressamente na Circular 640/2021 e demais normativos sobre o assunto, diante desse apego emocional e psicológico com esses “familiares de quatro patas”, sabemos da importância das seguradoras prestarem serviços de qualidade nesses momentos delicados e de necessidade veterinária, buscando evitar demora no reembolso, má qualidade no atendimento, dificuldades na utilização dos serviços, entre outros problemas que possam surgir, inclusive riscos de judicialização e reclamações.

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[1] https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/especial-publicitario/empreende-vet/noticia/2022/06/03/mercado-pet-em-crescimento-evento-mostra-o-potencial-empreendedor-do-setor.ghtml

[2] https://exame.com/invest/minhas-financas/seguros-para-pet-saiba-quanto-custa/

[3] https://cultura.uol.com.br/noticias/23363_mercado-de-seguros-para-pets-cresce-16-saiba-se-vale-a-pena-ter-um-convenio.html

[4] https://mybest-brazil.com.br/21029

[5] https://www.revistaapolice.com.br/2019/06/tokio-marine-oferece-cobertura/

[6] https://veja.abril.com.br/coluna/radar/pandemia-aumenta-uso-do-seguro-para-pets-do-banco-do-brasil/

[7] https://www.insurtalks.com.br/posts/tecnologia-cria-novos-caminhos-para-o-seguro-pet