Na última sexta-feira (06/12/2024), o Supremo Tribunal Federal retomou o julgamento referente a incidência do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação – ITCMD sobre os valores de previdência privada quando do óbito do titular. Até a sua suspensão, o placar era de 3 votos (Ministros Dias Toffoli, Alexandre de Moraes e Flávio Dino) contra a incidência do imposto, quando houve pedido de vista do Ministro Gilmar Mendes.
O mercado de seguros em 2025 está projetado para experimentar várias transformações e tendências significativas. Será um ano efervescente, à vista da inovação legislativa, de estudos, interpretações e muitos debates.
Espera-se um crescimento significativo no setor de seguros, com projeções de aumento de 10,1% em 2025 e acredita-se que participação do mercado de seguros no PIB do Brasil deve ser alavancada para 6,4%. “A arrecadação do setor deve superar a de 2023, com previsões de crescimento de 9,6% na Previdência Aberta; 9,4% no seguro de pessoas; e 4,3% nos segmentos de automóveis e seguros rurais.”[1]
E, nessa esteira, por certo, de bastante crescimento econômico e arrecadação.
Os processos de digitalização não desaceleram, ao contrário, vem se consolidando, cada vez mais, em um pilar estratégico. Ferramentas de IA estão sendo adotadas para personalizar ofertas, melhorar a experiência do cliente, e otimizar processos operacionais. Sistemas de machine learning têm melhorado significativamente a eficiência operacional. Expectativas incluem um aumento no uso de chatbots inteligentes, com previsões de que 75% das interações com clientes serão automatizadas até 2025, segundo a Gartiner[2].
A personalização dos produtos de seguro é uma tendência cada vez mais forte, onde a coleta e análise de dados permitem criar apólices adaptadas às necessidades individuais dos clientes e a partir dessa customização alcançar o maior número possível de público e ainda atendê-lo com maior grau de satisfação e eficiência. Também há um foco em produtos sob demanda e flexíveis.
Segmentos como seguros de vida, saúde, e automóveis continuam em destaque, e a bem da verdade, sempre continuarão, porque inerentes à segmentos essenciais da sociedade, mas em 2025, com um aumento na demanda por seguros corporativos e de responsabilidade civil, impulsionado pelo crescimento econômico e maior conscientização sobre riscos climáticos e cibernéticos. O envelhecimento da população também sugere um aumento na procura por seguros de vida e saúde.
O setor enfrenta desafios, é inegável, como a necessidade de inclusão financeira, proteção de dados em um ambiente digitalizado, e a crescente necessidade de cibersegurança. No entanto, há o reverso da moeda, na exata medida em que essas mesmas áreas oferecem oportunidades para inovação e crescimento com a esperança de que o Open Insurance e outras tecnologias emergentes possam democratizar o acesso e incentivar ainda mais a inovação no setor.
Aqui, muito importante um parêntese para enaltecer a importância do mercado de seguros no desenvolvimento econômico do País a partir da inclusão financeira.
A inclusão financeira ajuda a reduzir a pobreza ao proporcionar ferramentas para que as pessoas gerenciem seus recursos financeiros de maneira mais eficaz, poupem, invistam e se protejam contra riscos financeiros, o seguro prestamista é o maior exemplo disso e vem crescendo e se aperfeiçoando ano a ano.
Assim, o crescimento econômico está de mãos dadas com a inclusão financeira a partir da facilitação responsável de acesso ao crédito, ocasião em que os produtos do setor de seguros atuam como ferramentas financeiras que permitem à população integrar essas comunidades de forma ativa, impulsionando o crescimento nacional.
E por fim, sem dúvida, oferece empoderamento aos grupos menos favorecidos financeiramente da sociedade, por oportunizar decisões financeiras asseguradas, com menor risco de inadimplência na ponta final, aonde o prestamista mais uma vez serve de exemplo, além de oferecer coberturas adicionais protetivas como o seguro de vida e de perda de renda.
Por fim, há um movimento crescente para alinhar produtos de seguro com práticas sustentáveis e para oferecer seguros mais acessíveis a populações de baixa renda, promovendo com isso e outra faceta da inclusão financeira.
Em resumo, 2025 promete ser um ano de adaptação e crescimento para o mercado de seguros, com tecnologia e inovação no centro das estratégias, mas também com desafios em termos de inclusão, segurança digital, além da adaptação à nova legislação específica do setor.
Nós, da Carvalho Nishida, estamos lado a lado com as mudanças do setor, antevendo impactos para prevenir ações e visualizando novas soluções a antigos problemas, em busca de maior eficiência e economia.
²https://navita.com.br/blog/o-que-e-gartner-saiba-sua-importancia/;